O PESO DA CRUZ
Oitenta quilos pesava, setenta e cinco ou oitenta,
A cruz que ele carregava, na longa estrada poeirenta.
Andava um pouco, parava, agora já não agüenta,
Sangrava as mãos, sangrava, todo corpo que a sustenta.
Caiu três vezes pesando, sobre os seus ombros a cruz,
E os soldados o açoitando... Ai que peso ele conduz!
Levanta... Tomba de novo - Sujo de pó machucado,
Sob o deboche do povo, e o sadismo dos soldados...
Seu olhar quase se apaga, não há gemido nem rogo,
Arde o corpo como chaga – Vermelha chaga de fogo.
Tem quatro metros de altura, os braços dois metros tem –
Como o madeiro tortura, o menino de Belém!...
Mas o peso mais pesado, que o carpinteiro conduz
Não é do pinho entalhado, na forma infame de cruz –
Nem é do chicote ousado, que cicatrizes conduz –
- O que pesa é o meu pecado, sobre os ombros de Jesus!
Gioia Jr.
Oitenta quilos pesava, setenta e cinco ou oitenta,
A cruz que ele carregava, na longa estrada poeirenta.
Andava um pouco, parava, agora já não agüenta,
Sangrava as mãos, sangrava, todo corpo que a sustenta.
Caiu três vezes pesando, sobre os seus ombros a cruz,
E os soldados o açoitando... Ai que peso ele conduz!
Levanta... Tomba de novo - Sujo de pó machucado,
Sob o deboche do povo, e o sadismo dos soldados...
Seu olhar quase se apaga, não há gemido nem rogo,
Arde o corpo como chaga – Vermelha chaga de fogo.
Tem quatro metros de altura, os braços dois metros tem –
Como o madeiro tortura, o menino de Belém!...
Mas o peso mais pesado, que o carpinteiro conduz
Não é do pinho entalhado, na forma infame de cruz –
Nem é do chicote ousado, que cicatrizes conduz –
- O que pesa é o meu pecado, sobre os ombros de Jesus!
Gioia Jr.
Pr_Franca
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